Passados mais de um mês do maior desastre climático da história do Rio Grande do Sul, o descaso dos governos, federal e estadual, com a vida dos desabrigados das enchentes,
que ainda estão vivendo em condições sub-humanas às margens da BR 290 na região das ilhas, está causando enormes transtornos aos usuários da BR 290.
São pessoas vivendo em condições degradantes, dentro de veículos e barracas, acampados no acostamento e até mesmo ocupando uma das pistas da rodovia.
São dezenas de ônibus, caminhões, barracas, pneus velhos e lixo ocupando um espaço que deveria ser destinado aos veículos. A única providência que o DNIT e este desgoverno tomaram, foi instalar cones e banheiros químicos às margens da rodovia.
Desta forma, os milhares de usuários que precisam trafegar pela BR 290, enfrentam muita lentidão e enormes congestionamentos devido ao afunilamento da pista ao chegarem próximo à capital gaúcha.
São frequentes também os acidentes, principalmente colisões frontais devido ao grande número de pessoas e animais que circulam às margens da rodovia. Outro problema também enfrentado pelos usuários são as más condições do asfalto afetado pelas chuvas.
Passados mais de um mês das enchentes, a pista ainda apresenta enormes crateras e diversos calombos causados pelo trânsito intenso de caminhões.
Por falar nisso, o trecho entre Eldorado do Sul e Pantano Grande que foi uma das promessas da campanha de 2014 de Dilma Roussef para ser entregue em 2017, ainda nâo tem nem 10% da obra concluída, mesmo com o aumento expressivo da arrecadação causado pela duplicação da fábrica de CMPC Celulose, o maior investimento privado no Rio Grande do Sul.
Desta duplicação da fábrica, a única coisa que a rodovia recebeu foi o acréscimo de circulação de 480 caminhões diariamente, contribuindo assim para maior degradação do asfalto da rodovia.
Enfim, este desgoverno só vem trazendo cada dia mais problemas para a população gaúcha, tão sofrida nos últimos anos. Felizmente dos anos passam muito rápido e com certeza os gaúchos irão lembrar do que passaram.