Nesta sexta-feira, dia 11, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apresentou a primeira proposta de projeto de viabilidade econômico-financeiro da instalação de 13 pedágios no Rio Grande do Sul, em audiência pública. A reunião ocorreu em Brasília, na sede da ANTT e foi a primeira para tratar sobre o assunto. O evento teve a presença de Deputados Federais e Estaduais, Prefeitos, Vereadores e a comunidade em geral. Na audiência, a discussão maior foi em relação a colocação de pedágios na BR-290 e BR-116.
O estudo realizado apresentou a possibilidade de um investimento de R$ 4,5 milhões em 30 anos. Ainda, conforme a ANTT a recém-duplicada BR-116 necessitará de adequações de acessos com vias marginais, já que foram identificados diversos pontos críticos no trecho Sul. As tarifas teto nas praças de pedágio apresentada pelo projeto, inicialmente, tem um custo aos motoristas de, R$ 20,50, nos três trechos somente da BR-116 de ida e volta.
O presidente da ANTT, Marcelo Fonseca, ressaltou que o encontro teve o intuito de ouvir a sociedade e, desta forma, fazer ajustes ao projeto, para que fique o melhor possível. “Esse é um primeiro debate, porém, não abrirmos mãos das audiências serem em Brasília”, complementou.
Após a apresentação da proposta, foi aberto para manifestação oral. Algumas autoridades pediram a anulação da audiência, alegando a necessidade de um estudo mais aprofundado sobre o assunto. Outros, solicitaram que a audiência pública seja realizada nas cidades que serão atingidas, não em Brasília
“No final do ano, depois da troca de governo, numa sexta-feira e, em Brasilia. Não tem nenhum cabimento esta audiência pública neste momento. Queremos a suspensão urgente deste processo”, disse o deputado federal Pompeo de Mattos.
O prefeito Marcelo Maranata lembrou que a região foi prejudicada com a ponte móvel durante anos, travando o progresso da região e com os pedágios de Eldorado do Sul e das Pedras Brancas. Sobre o encontro, Maranata afirmou “ter uma audiência pública é ótimo para a sociedade, porém esse é o momento inoportuno para discutir o assunto, e exigimos audiências em nossas cidades”, lembrou o prefeito sobre o período eleitoral que mudou o governo. “Nossa proposta é que invalidem essa audiência.
Nós temos consciência que o ciclo deste mandato encerrou, precisamos de nova discussão”, concluiu.
O secretário de governo Ernani Chacrinha, secretário de Administração Juliano Ferreira, os vereadores Miguel Crizel e Não Caldas, também se mostraram contrários ao modelo de pedágio apresentado.